domingo, 23 de agosto de 2009

Ser Criativo é ser inteligente



Nascemos criativos,mas,à medida que crescemos, nossa criatividade vai sendo sufocada por adultos interessados em “manter tudo como está”, porque o novo,o diferente, ameaça aquilo que está estabelecido, perturbando a harmonia da acomodação.
Acontece no lar, na escola e na sociedade.Mas aqueles que ousam perceber a riqueza e o potencial criativo das crianças, incentivando-as e promovendolhes os meios de desenvolvê-lo, descobrem, fascinados a contribuição que elas têm a dar, para tornar tudo mais interessante, atraente e belo. O resultado tem sido surpreendente e inspirador. É isso que está sendo repartido com você, educador/a de educação religiosa, através deste Criativando. E por ser dinâmico e criativo, está em suas mãos criar também ao usar esta material, descobrindo novas formas de fazer.


Sentiremos medo e solidão, mas encontraremos sempre a mão amiga daquele que morreu por nós ...

Ser Professor e Professora é acreditar que outro mundo é possível



Certa lenda conta que duas crianças estavam patinando em cima de um lago congelado. Era uma tarde nublada, fria e as crianças brincavam sem preocupação.De repente, o gelo se quebrou e uma das crianças caiu na água. A outra criança, vendo que seu
amiguinho se afogava debaixo do gelo, pegou uma pedra e começou a golpear o gelo.
Quando os bombeiros chegaram e viram o que havia acontecido, perguntaram ao menino:
- Como você fez isso? É impossível que você tenha quebrado o gelo com essa pedra em suas mãos tão pequenas!
Nesse instante, apareceu um ancião e disse:
- Eu sei como ele conseguiu.
Todos perguntaram:
- Como?!
O ancião respondeu:
- Não havia ninguém ao seu redor para lhe dizer que não poderia fazer!
É isto que ocorre na escola ou fora dela, muitas vezes. Pessoas nos dizendo que isto ou aquilo não é possível!
Um colega dizendo que este ou aquele aluno não consegue aprender!
Nós, como professores, estamos o tempo todo pensando em como encorajar nossos alunos em suas descobertas, em seu autoconhecimento. Nos preocupamos em tornar nossas aulas atraentes,estimulantes e agradáveis. Procuramos auxiliar jovens e crianças a avançarem em seus desafios, a descobrirem quem são e do que são capazes. Nos
aventuramos com nossos alunos. Precisamos sempre dar prioridade ao que o aluno
aprende e não ao que queremos ensinar. Acariciar e preservar o espírito de cada um, pois, mesmo não sendo o mais inteligente da classe, com certeza resplandecerá com elogios e estímulos ao invés de murchar com descrédito e humilhação.
É fundamental que tenhamos consciência de que somos modelo de valores e padrões que o aluno imitará ou rejeitará; levará na lembrança para a vida toda ou esquecerá.
Esta é a parte profissional que nos toca. No entanto, temos nossa vida pessoal e todas as obrigações.
Contudo, assim como na lenda acima citada, não podemos deixar que nos digam o que podemos ou não fazer. Quando desejamos atingir um objetivo, nada e nem ninguém pode nos impedir. Muitas vezes, nos deixamos abater pelas cobranças do dia-a-dia, por uma discussão com um colega de trabalho, por um mal-entendido com um pai de aluno, por uma atividade sem sucesso, por um problema familiar, pelas relações pessoais, de um
modo geral, nem sempre muito fáceis.
No entanto, “a força de ser pessoa significa a capacidade de acolher a vida assim como ela é (...). A força de ser pessoa traduz a capacidade de conviver,
de crescer e de humanizar-se com estas dimensões de vida(...)”
Assim, podemos enfrentar as situações do cotidiano com uma atitude saudável, agindo de forma a contribuir para a transformação de nossa sociedade, para que os alunos com quem trabalhamos sejam cidadãos preocupados com a transformação deste
mundo, conscientes das desigualdades sociais e dispostos a trabalhar para a eliminação disto tudo, e não simplesmente pensar que ‘não temos nada com isso’, tomando uma atitude passiva perante as mazelas que acontecem todos os dias bem diante de nossos olhos.
Mais uma vez, não podemos permitir que nos digam:
-Isto não é possível!
Lutemos! Acreditando em nossas capacidades, na certeza de que “um outro mundo é possível”.




Ao final desta grande caminhada que se chama VIDA percebemos que o que realmente importa são aquelas coisas que podemos carregar dentro de nossos corações.