terça-feira, 28 de agosto de 2012

Carlos Drummond de Andrade

Poeta, cronista, contista e tradutor brasileiro. Sua obra traduz a visão de um individualista comprometido com a realidade social.

Na poética de Carlos Drummond de Andrade, a expressão pessoal evolui numa linha em que a originalidade e a unidade do projeto se confirmam a cada passo. Ao mesmo tempo, também se assiste à construção de uma obra fiel à tradição literária que reúne a paisagem brasileira à poesia culta ibérica e européia.

Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira MG, em 31 de outubro de 1902. De uma família de fazendeiros em decadência, estudou na cidade natal, em Belo Horizonte e com os jesuítas no Colégio Anchieta de Nova Friburgo RJ, de onde foi expulso por "insubordinação mental". De novo em Belo Horizonte, começou a carreira de escritor como colaborador do Diário de Minas, que aglutinava os adeptos locais do incipiente movimento modernista mineiro.

Ante a insistência familiar para que obtivesse um diploma, formou-se em farmácia na cidade de Ouro Preto em 1925. Fundou com outros escritores A Revista, que, apesar da vida breve, foi importante veículo de afirmação do modernismo em Minas. Ingressou no serviço público e, em 1934, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi chefe de gabinete de Gustavo Capanema, ministro da Educação, até 1945. Excelente funcionário, passou depois a trabalhar no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e se aposentou em 1962. Desde 1954 colaborou como cronista no Correio da Manhã e, a partir do início de 1969, no Jornal do Brasil.

Predomínio da individualidade. O modernismo não chega a ser dominante nem mesmo nos primeiros livros de Drummond, Alguma poesia (1930) e Brejo das almas (1934), em que o poema-piada e a descontração sintática pareceriam revelar o contrário. A dominante é a individualidade do autor, poeta da ordem e da consolidação, ainda que sempre, e fecundamente, contraditórias. Torturado pelo passado, assombrado com o futuro, ele se detém num presente dilacerado por este e por aquele, testemunha lúcida de si mesmo e do transcurso dos homens, de um ponto de vista melancólico e cético. Mas, enquanto ironiza os costumes e a sociedade, asperamente satírico em seu amargor e desencanto, entrega-se com empenho e requinte construtivo à comunicação estética desse modo de ser e estar.

Vem daí o rigor, que beira a obsessão. O poeta trabalha sobretudo com o tempo, em sua cintilação cotidiana e subjetiva, no que destila do corrosivo, no que desmonta, dispersa, desarruma, do berço ao túmulo -- do indivíduo ou de uma cultura.

Em Sentimento do mundo (1940), em José (1942) e sobretudo em A rosa do povo (1945), Drummond lançou-se ao encontro da história contemporânea e da experiência coletiva, participando, solidarizando-se social e politicamente, descobrindo na luta a explicitação de sua mais íntima apreensão para com a vida como um todo. A surpreendente sucessão de obras-primas, nesses livros, indica a plena maturidade do poeta, mantida sempre.

Alvo de admiração irrestrita, tanto pela obra quanto pelo seu comportamento como escritor, Carlos Drummond de Andrade morreu no Rio de Janeiro RJ, no dia 17 de agosto de 1987, poucos dias após a morte de sua filha única, a cronista Maria Julieta Drummond de Andrade.

LINGUÍSTICA



Linguística é o estudo científico da Linguagem. Um linguista é alguém que se dedica a esse estudo. A pesquisa linguística é feita por muitos especialistas que, geralmente, não concordam harmoniosamente sobre o seu conteúdo. O jornalista norte-americano Russ Rymer certa vez a definiu ironicamente da seguinte maneira:

A Linguística é a parte do conhecimento mais fortemente debatida no mundo acadêmico. Ela está encharcada com o sangue de poetas, teólogos, filósofos, filólogos, psicólogos, biólogos e neurologistas além de, não importa o quão pouco, qualquer sangue possível de ser extraído de gramáticos.

Alternativamente, alguns chamam informalmente de linguista a uma pessoa versada ou conhecedora de muitas línguas, embora um termo mais adequado para este fim seja poliglota.
Divisões da linguística
Os linguistas dividem o estudo da linguagem em certo número de áreas que são estudadas mais ou menos independentemente. Estas são as divisões mais comuns:
  • fonética, o estudo dos diferentes sons empregados em linguagem;
  • fonologia, o estudo dos padrões dos sons básicos de uma língua;
  • morfologia, o estudo da estrutura interna das palavras;
  • sintaxe, o estudo de como a linguagem combina palavras para formar frases gramaticais.
  • semântica, podendo ser, por exemplo, formal ou lexical, o estudo dos sentidos das frases e das palavras que a integram;
  • lexicologia, o estudo do conjunto das palavras de um idioma, ramo de estudo que contribui para a lexicografia, área de atuação dedicada à elaboração de dicionários, enciclopédias e outras obras que descrevem o uso ou o sentido do léxico;
  • terminologia, estudo que se dedicada ao conhecimento e análise dos léxicos especializados das ciências e das técnicas;
  • estilística, o estudo do estilo na linguagem;
  • pragmática, o estudo de como as oralizações são usadas (literalmente, figurativamente ou de quaisquer outras maneiras) nos atos comunicativos;
  • filologia é o estudo dos textos e das linguagens antigas.
     Nem todos os linguistas concordam que todas essas divisões tenham grande significado. A maior parte dos linguistas cognitivos, por exemplo, acha, provavelmente, que as categorias "semântica" e "pragmática" são arbitrárias e quase todos os linguistas concordariam que essas divisões se sobrepõem consideravelmente. Por exemplo, a divisão gramática usualmente cobre fonologia, morfologia e sintaxe.
     Ainda existem campos como os da linguística teórica e da linguística histórica. A linguística teórica procura estudar questões tão diferentes sobre como as pessoas, usando suas particulares linguagens, conseguem realizar comunicação; quais propriedades todas as linguagens têm em comum, qual conhecimento uma pessoa deve possuir para ser capaz de usar uma linguagem e como a habilidade linguística é adquirida pelas crianças.

A linguística histórica

     A linguística histórica, dominante no século XIX, tem por objetivo classificar as línguas do mundo de acordo com suas afiliações e descrever o seu desenvolvimento histórico. Na Europa do século XIX, a linguística privilegiava o estudo comparativo histórico das línguas indo-europeias, preocupando-se especialmente em encontrar suas raízes comuns e em traçar seu desenvolvimento.
     A preocupação com a descrição das línguas espalhou-se pelo mundo e milhares dessas foram analisadas em vários graus de profundidade. Quando esse trabalho esteve em desenvolvimento no início do século XX na América do Norte, os linguistas se confrontaram com línguas cujas estruturas diferiam fortemente do paradigma europeu, mais familiar. Percebeu-se, assim, a necessidade de se desenvolver uma teoria e métodos de análise da estrutura das línguas.
     Para a linguística histórico-comparativa ser aplicada a línguas desconhecidas, o trabalho inicial do linguista era fazer sua descrição completa. A linguagem verbal era, geralmente, vista como consistindo de vários níveis, ou camadas, e, supostamente, todas as línguas naturais humanas tinham o mesmo número desses níveis.
     O primeiro nível é a fonética, que se preocupa com os sons da língua sem considerar o sentido. Na descrição de uma língua desconhecida esse era o primeiro aspecto estrutural a ser estudado. A fonética divide-se em três: articulatória, que estuda as posições e os movimentos dos lábios, da língua e dos outros órgãos relacionados com a produção da fala (como as cordas vocais); acústica, que lida com as propriedades das ondas de som; e auditiva, que lida com a percepção da fala.
     O segundo nível é a fonologia, que identifica e estuda os menores elementos distintos (chamados de fonemas) que podem diferenciar o significado das palavras. A fonologia também inclui o estudo de unidades maiores como sílabas, palavras e frases fonológicas e de sua acentuação e entonação.
     O terceiro nível é a morfologia, que analisa as unidades com as quais as palavras são montadas, os morfemas. Esses são as menores unidades da gramática: raízes, prefixos e sufixos. Os falantes nativos reconhecem os morfemas como gramaticalmente significantes ou significativos. Eles podem frequentemente ser determinados por uma série de substituições.    Um falante de inglês reconhece que make é uma palavra diferente de makes, pois o sufixo -s é um morfema distinto. Em inglês, a palavra morfeme consiste de dois morfemas, a raiz morph- e o sufixo -eme, nenhum dos quais tinha ocorrência isolada na língua inglesa por séculos, até morph ser adotado em linguística para a realização fonológica de um morfema e o verbo to morph ter sido cunhado para descrever um tipo de efeito visual feito em computadores. Um morfema pode ter diferentes realizações (morphs) em diferentes contextos. Por exemplo, o morfema verbal do do inglês tem três pronúncias bem distintas nas palavras do, does (com o sufixo -es) e don't (com a aposição do advérbio not em forma contracta -n't). Tais diferentes formas de um morfema são chamados de alomorfos.
     Os padrões de combinações de palavras de uma linguagem são conhecidos como sintaxe. O termo gramática usualmente cobre sintaxe e morfologia. O estudo dos significados das palavras e das construções sintáticas é chamado de semântica.

Escolas de pensamento

     Na Europa houve um desenvolvimento paralelo da linguística estrutural, influenciada muito fortemente por Ferdinand de Saussure, um estudioso suíço de indo-europeu cujas aulas de linguística geral, publicadas postumamente por seus alunos, deram a direção da análise linguística europeia da década de 1920 em diante; esse enfoque foi amplamente adotado em outros campos sob o termo "estruturalismo" ou análise estruturalista. Ferdinand de Saussure também é considerado o fundador da semiologia.
     Durante a Segunda Guerra Mundial, Leonard Bloomfield e vários de seus alunos e colegas desenvolveram material de ensino para uma variedade de línguas cujo conhecimento era necessário para o esforço de guerra. Este trabalho levou ao aumento da proeminência do campo da linguística, que se tornou uma disciplina reconhecida na maioria das universidades americanas somente após a guerra.
     Noam Chomsky desenvolveu seu modelo formal de linguagem, conhecido como gramática transformacional, sob a influência de seu professor Zellig Harris, que por sua vez foi fortemente influenciado por Bloomfield. O modelo de Chomsky foi reconhecidamente dominante desde a década de 1960 até a de 1980 e desfruta ainda de elevada consideração em alguns círculos de linguistas. Steven Pinker tem se ocupado em clarificar e simplificar as ideias de Chomsky com muito mais significância para o estudo da linguagem em geral. Outro aluno de Zellig Harris, Maurice Gross, desenvolveu o léxico-gramática, método de descrição formal que dá enfoque ao léxico.
      A linguística de corpus, voltada ao uso de coleções de textos ou corpora, se desenvolveu nos anos 1960 e se popularizou nos anos 1980.
     Da década de 1980 em diante, os enfoques pragmáticos, funcionais e cognitivos vêm ganhando terreno nos Estados Unidos e na Europa. Umas poucas figuras importantes nesse movimento são Michael Halliday, cuja gramática sistêmica-funcional é muito estudada no Reino Unido, Canadá, Austrália, China e Japão; Dell Hymes, que desenvolveu o enfoque pragmático "A Etnografia do Falar"; George Lakoff, Leonard Talmy, e Ronald Langacker, que foram os pioneiros da linguística cognitiva; Charles Fillmore e Adele Eva Goldberg, que estão associados com a gramática da construção; e entre os linguistas que desenvolvem vários tipos da chamada gramática funcional estão Simon Dik, Talmy Givon e Robert Van Valin, Jr.
Merece também destacar, nos finais do século XX, a partir de 1995, os trabalhos do linguista Jairo Galindo com a criação das Línguas Experimentais Umonani (Brasil) e Uiraka (Colômbia), que deu origem à Linguística Experimental. Já no começo do século XXI, os trabalhos são aprofundados através de línguas dinâmicas naturais. O que vai concluir com as linguagens dinâmicas reais: Umonani e Uiraka. Esses trabalhos vão dar origem a teoria da Linguística diversificada, Lindi. Sendo que os estudos nesta área vão remontar a mais de 12007 anos, e os estudiosos em linguagens dinâmicas reais vão se denominar, linguistas diversificados.
  
Falantes, comunidades linguísticas e universais linguísticos


     Os linguistas também diferem em quão grande é o grupo de usuários das linguagens que eles estudam. Alguns analisam detalhadamente a linguagem ou o desenvolvimento da linguagem de um dado indivíduo. Outros estudam a linguagem de toda uma comunidade, como por exemplo a linguagem de todos os que falam o Black English Vernacular. Outros ainda tentam encontrar conceitos linguísticos universais que se apliquem, em algum nível abstrato, a todos os usuários de qualquer linguagem humana. Esse último projeto tem sido defendido por Noam Chomsky e interessa a muitas pessoas que trabalham nas áreas de psicolinguística e de Ciência da Cognição. A pressuposição é que existem propriedades universais na linguagem humana que permitiriam a obtenção de importantes e profundos entendimentos sobre a mente humana.

Fala versus escrita

     Alguns linguistas contemporâneos acham que a fala é um objeto de estudo mais importante do que a escrita. Talvez porque ela seja uma característica universal dos seres humanos, e a escrita não (pois existem muitas culturas que não possuem a escrita). O fato de as pessoas aprenderem a falar e a processar a linguagem oral mais facilmente e mais precocemente do que a linguagem escrita também é outro fator. Alguns (veja cientistas da cognição) acham que o cérebro tem um "módulo de linguagem" inato e que podemos obter conhecimento sobre ele estudando mais a fala que a escrita.
     A escrita também é muito estudada e novos meios de estudá-la são constantemente criados. Por exemplo, na intersecção do corpus linguístico e da linguística computacional, os modelos computadorizados são usados para estudar milhares de exemplos da língua escrita do Wall Street Journal, por exemplo. Bases de dados semelhantes sobre a fala já existem, um dos destaques é o Child Language Data Exchange System[3] ou, em tradução livre, "Sistema de Intercâmbio de Dados da Linguagem Infantil".

Descrição e prescrição


      Provavelmente, a maior parte do trabalho feito atualmente sob o nome de linguística é puramente descritivo. Há, também, alguns profissionais (e mesmo amadores) que procuram estabelecer regras para a linguagem, sustentando um padrão particular que todos devem seguir.
    As pessoas atuantes nesses esforços de descrição e regulamentação têm sérias desavenças sobre como e por que razão a linguagem deve ser estudada. Esses dois grupos podem descrever o mesmo fenômeno de modos diferentes, em linguagens diferentes. Aquilo que, para um grupo é uso incorreto, para o outro é uso idiossincrático, ou apenas simplesmente o uso de um subgrupo particular (geralmente menos poderoso socialmente do que o subgrupo social principal, que usa a mesma linguagem).
       Em alguns contextos, as melhores definições de linguística e linguista podem ser: aquilo estudado em um típico departamento de linguística de uma universidade e a pessoa que ensina em tal departamento. A linguística, nesse sentido estrito, geralmente não se refere à aprendizagem de outras línguas que não a nativa do estudioso (exceto quando ajuda a criar modelos formais de linguagem).
      Especialistas em linguística não realizam análise literária e não se aplicam a esforços para regulamentar como aqueles encontrados em livros como The Elements of Style (Os Elementos de Estilo, em tradução livre), de Strunk e White. Os linguistas procuram estudar o que as pessoas efetivamente fazem, nos seus esforços para comunicar usando a linguagem, e não o que elas deveriam fazer.


VOLUNTÁRIO: PARABÉNS PELO SEU DIA!

Dia 28 de agosto é o dia Nacional do Voluntário. Dia daqueles que dedicam, com orgulho, parte dos seus dias a causas em prol da humanidade. Dia daqueles que, mais do que ajudar, transformam vidas. Por isso, a data deve ser lembrada e comemorada!
Até porque, ajudar a sociedade não é apenas uma forma de contribuir para a comunidade, mas também é uma forma de obter novas experiências e até atribuí-las em seu currículo futuramente. O trabalho voluntário vem sendo cada vez mais visto como uma forma de exercer o que os profissionais realmente gostam ou mesmo de encontrar significado no que fazem. O resultado é que o trabalho voluntário é bom para todos. Para quem faz, para quem recebe e para quem observa!
E para celebrar a data, diversas ações costumam ser organizadas. Uma jornada com variadas atividades? Visitas às instituições? Campanhas nas ruas ou nas redes sociais para mobilizar mais voluntários? Essas são apenas algumas das ideias. E você, o que pretende fazer?

Um pouco de história

No Brasil, a data foi escolhida em 1985 pelo então presidente José Sarney. A lei, de número 7.352 reconheceria esse dia como dedicado ao Trabalho Voluntário por todo o território nacional.
No ano 2000, nasce o Portal do Voluntário e hoje, segundo pesquisa da ONU, são mais de 45 milhões de brasileiros envolvidos em trabalhos voluntários. Outro dado reflete a importância do voluntariado no país: cerca de 83% de toda a o população do Brasil acredita que tal forma de trabalho é importante para o crescimento social e econômico nacional.
Mas ainda temos muito o que fazer. Apenas pouco mais de 10% do brasileiros de fato exercem alguma forma de trabalho voluntário. De qualquer forma, a sua ajuda é essencial para celebrarmos mais um dia do Voluntário e para conseguirmos alcançar estatísticas mais positivas.
Internacionalmente, o dia do Voluntário é comemorado dia 5 de dezembro. Está aí mais uma razão para relembrar a importância do voluntariado, só que dessa vez em escala global. E sempre tendo em mente que juntos, podemos transformar o mundo!

domingo, 26 de agosto de 2012

FUNÇÃO DA GRAMÁTICA NORMATIVA


A gramática normativa tem a função de estabelecer regras para o uso da língua, sendo, então, a mais usada em salas de aula como forma de padronizar a utilização da língua materna, embora alguns lingüistas destaquem certos problemas relativos à aplicação somente da norma padrão, já que muitas pessoas acham o português e sua totalidade de regras muito difíceis. Isso os tornam incapazes de produzir textos próprios e de compreender os mais variados textos de maneira eficaz. Por este motivo, alguns métodos de ensino vêm sendo modificados e, ao invés de textos literários e da gramática normativa, já é possível estudar textos retirados de fontes expressivas ligadas ao cotidiano (jornais, revistas e internet) e analisá-los da maneira como a língua nos é apresentada atualmente.
A importância do estudo da gramática normativa está, então, inserida em um conjunto de regras que vai nos fornecer o que é certo e errado na hora de elaborar textos e em toda a forma escrita. Além disso, é comum vermos que muitos gramáticos buscam embasar a língua falada de acordo com o estabelecido pela norma padrão. Mas é importante percebermos os outros tipos de gramática e o estudo da linguagem como um todo, para que possamos não só entender todos os tipos de texto existentes, bem como produzi-los, levando em consideração que uma mesma língua apresenta diversas formas e variedades regionais que devem respeitar as necessidades do falante e considerar que o indivíduo que não sabe a língua padrão, mas consegue se expressar, já é considerado falante da língua materna.
Ora, se a função da escola é o ensino da língua padrão, não é com teoria gramatical que ela concretizará seu objetivo. Esses contrastes levam o estudante ao desinteresse pelo estudo da língua, pois quando pensa haver entendido conteúdo trabalhado em sala de aula, amargura-se ao se deparar com determinadas construções, pois não consegue entender o enunciado, daí resultam as frustrações, reprovações, recriminações que começam pela própria escola e o preconceito lingüístico de que não sabe português.
A Norma é a língua do Estado, é a variedade que o Estado e as suas instituições consideram correta. A Escola e os Média (no Brasil mídia) são as principais instituições que impõem o correto linguístico. A gramática normativa propriamente dita, a meu ver, não tem interesse nenhum. Segundo Bechara, o entrave da vigência de duas ortografias oficiais, a do Brasil e de Portugal, será eliminado, facilitando assim a difusão internacional do idioma.