Tenho pensado no que está
acontecendo nas salas de aulas das escolas de todo o Brasil, estou a cada dia mais preocupado. Percebo
que nossos alunos não sabem mais se comportar como alunos. Eles nem mesmo sabem
qual o seu papel do aluno na escola. Precisamos de alunos nas escolas! Posso
explicar;
Por esse motivo devo começar pelo
significado da palavra “aluno” (do latim alumnus, alumnié)
ou discente é o indivíduo que recebe formação e instrução de um ou vários professores ou mestres para
adquirir ou ampliar seus conhecimentos,
geralmente nas áreas intelectuais. Por vezes, usa-se o termo aluno como
sinônimo de estudante, uma pessoa que se ocupa do estudo,
relativas a um aprendizado de
qualquer nível.
No entanto, o estudo pode ser uma atividade individual, sem
recurso a professores. Faz-se distinção, portanto, entre aluno e estudante. A
palavra estudante (do verbo estudar) designa o indivíduo que se
empenha em algum tipo de estudo, que busca o alimento intelectual por conta
própria, podendo fazer isto de maneira individual ou sem recurso a professores.
Segundo a etimologia, o termo
aluno significa literalmente “criança de peito”, “lactante” ou “filho adotivo”
(do lat. alumnus, alumni, proveniente dealere, que significa
“alimentar, sustentar, nutrir, fazer crescer”. Daí o sentido de que aluno
é uma espécie de lactente intelectual; e não alguém “sem luz”, como afirma uma
etimologia falsificada que lê a- como prefixo de negação (note que o
prefixo é grego) e lun- como proveniente do latim lumen, luminis (luz).
O termo aluno aponta, portanto, para a ideia de alguém imaturo, que precisa ser
alimentado na boca e exige ainda muitos cuidados paternais ou maternais.
Em sentido figurado ou
metafórico, porém, aluno significa simplesmente “discípulo” ou
“pupilo”, alguém que aprende de forma coletiva em estabelecimento de ensino
pela mediação de um ou vários professores.
Considerando todas essas definições
sobre o que é ser aluno, percebo que não encontramos alunos nos nossos
estabelecimentos escolares, primeiramente porque notamos que muitos se recusam
em receber instruções do professor, na maioria das vezes acreditam que possuem conhecimentos
suficientes sobre tudo, e por isso não qualquer conhecimento novo não tem
valor. Para ser aluno antes de qualquer coisa deve-se ter humildade, mas infelizmente
essa virtude não é encontrada no dicionário pessoal do aluno. Não encontramos
também estudantes, porque ao invés de indivíduos em busca de alimento
intelectual por conta própria, temos indivíduos buscando merenda que é servida
na escola. Em outro momento não temos indivíduos que se possa comparar como “criança
de peito, lactente ou filho adotivo”, porque essa relação de mãe e filho é uma
relação de vinculo afetuoso, onde o filho depende do alimento que lhe nutre e
que o faz crescer com saúde e força, sendo assim retribui com respeito e
carinho aquele que o alimenta, porem nosso “alunos” não se comportam como “filhos
adotivos”, principalmente porque estão preocupados apenas a sua frequência, que
garante a sua promoção de nível na escola independente do seu desempenho, enquanto
que também sua permanência na escola (condicionalidade) garante o "Programa Bolsa família". Por tudo isso, reafirmo; "precisamos
de alunos nas escolas".
Por: Genival Miranda
Por: Genival Miranda