O teatro em sala de aula pode e deve ser usado
como um processo informativo e formativo do aluno, como também na
aplicação do ensino e construção intelectual. É um trabalho que deve proporcionar
interação e integração, por meio de exercícios que exercitam a
aproximação, o respeito mútuo, senso crítico,solidariedade, concentração
e disciplina. O teatro serve como instrumento interdisciplinar, onde os
elementos se conjugam visando uma apreensão da lógica e da realidade
representada. Nos trabalhos onde são sugeridos temas da realidade, essas
encenações servem como processo na construção do conhecimento e na
oportunidade para busca de informação e cidadania.
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
REFLETINDO SOBRE TEATRO NOS PROJETOS SOCIAIS
Trabalho em Projetos Sociais
a dez anos, quero aproveitar este espaço e colocar a minha experiência na
aplicação de oficinas de teatro fora da sala de aula, uma vez que o teatro na
escola na minha opinião inda não é valorizado. Sendo assim o teatro sem
compromisso em outros espaços é instrumento de reflexão e interação. Comecei a
desenvolver em 2003 o projeto de formação humana na Associação Olimpiense de
Promoção ao Adolescente, onde preparava jovens adolescentes de 14 a 18 anos para o mercado de
trabalho, o aprendizado era realizado com "Role Playing", jogos
teatrais, exercícios de oralidade, para quebra de timidez e desinibição,
desenvolvendo lideranças..etc...os resultados foram ótimos, de maneira que ate
houve reflexo no rendimento escolar destes jovens, preparando-os de fato para o
mercado de trabalho.
O teatro possui valorosa importância social na ação educativa e oferece inúmeras situações de aprendizagem, interagindo com o cotidiano da comunidade. Assim, funciona como elo entre cultura, sociedade e indivíduo.
Nos projetos sociais podemos
trabalhar os grupos desenvolvendo temas e situações do cotidiano de sua
comunidade, a encenação com as crianças e adolescentes de problemáticas propõe
uma reflexão sua realidade e causa outro olhar para coisas que não são
pensadas. O teatro tem o poder de transformar, tanto para quem faz como para
quem assiste. Quando falamos de comportamento, disciplina e regras, neste caso
estamos falando do contexto social de convivência. Os conflitos são melhor
entendidos quando são encenados, a repetição ou imitação do que se vive, pode
mudar a forma de sentir, e com isso aprendemos muito mais a lidar com os
conflitos.
CONVERSA COM EDUCADORES POR RUBENS ALVES
"O estudo da
gramática não faz poetas. O estudo da harmonia não faz compositores. O estudo
da psicologia não faz pessoas equilibradas. O estudo das "ciências da
educação" não faz educadores. Educadores não podem ser produzidos.
Educadores nascem. O que se pode fazer é ajudá-los a nascer. Para isso eu falo
e escrevo: para que eles tenham coragem de nascer. Quero educar os educadores.
E isso me dá grande prazer porque não existe coisa mais importante que educar.
Pela educação o indivíduo se torna mais apto para viver: aprende a pensar e a
resolver os problemas práticos da vida. Pela educação ele se torna mais
sensível e mais rico interiormente, o que faz dele uma pessoa mais bonita, mais
feliz e mais capaz de conviver com os outros. A maioria dos problemas da sociedade
se resolveria se os indivíduos tivessem aprendido a pensar. Por não saber
pensar tomamos as decisões políticas que não deveríamos tomar. Se você desejar
saber com detalhes o que penso sobre a educação, leia os livros que se
encontram na sala Biblioteca. Nas minhas conversas com educadores meus temas
favoritos são: A alegria de ensinar, A educação dos sentidos, O prazer de ler,
A arte de pensar, O educador como sedutor, O educador como feiticeiro, O
educador como artista, O educador como cozinheiro, As leis do pensar criativo,
Anatomia do pensamento: informação, razão, inteligência, conhecimento, alegria,
Aprendendo a desaprender, Entre a ciência e sabedoria: o dilema da educação,
Educação e política, Educação e Vida, Aprendizagem e prazer." - Rubem
Alves.
Os projetos de artes/teatro devem propor um olhar
de aproximação às potencialidades expressivas de cada um de nós, para
que se possa buscar a essência de uma educação mais sensível.Educação que respeite e promova a expressão lúdica e artística.Educação
que seja a semente do cidadão pleno: aquele que se reconhece em sua
própria narrativa e é capaz de brincar e celebrar a existência.
Professores desestimulados e alunos desinteressados
A realidade educacional brasileira é muito complexa. Como o próprio
filme "Pro dia Nascer Feliz" registra, em 1962 apenas metade dos 14 milhões de jovens
freqüentavam a escola. Hoje, 97% das crianças e jovens em idade escolar
estão regularmente matriculados, mas isso não significa qualidade de
ensino e aprendizagem. Pelo contrário…
O Brasil sempre aparece nas últimas posições em pesquisas que analisam leitura, escrita e raciocínio lógico. Durante décadas o país privilegiou o ensino superior e acabou esquecendo a educação básica.
O estado se mostra preocupado em consertar a situação, mas resolveram fazer isso tarde demais. Não que não seja mais possível, mas nada será resolvido com medidas paliativas. Para mudarmos o quadro, precisamos de tintas completamente novas.
Um fato alarmante: a maioria dos professores brasileiros (mais de 60%, pra ser exato) atualiza-se apenas através da televisão. Muitos não lêem livros e nem têm acesso à internet. Isso sem falar nos ridículos salários que recebem… Para um professor viver bem numa cidade grande, sozinho, precisa receber pelo menos dois mil reais. Se tiver esposa e filhos, o salário precisaria passar fácil dos três mil reais. Porque um professor não deveria pagar apenas contas de luz, água, telefone e cesta básica. Todo professor deveria ser um assíduo freqüentador de cinema, teatro e shows, deveria constantemente acessar a internet, fazer cursos de atualização, especialização, mestrado, doutorado, deveria mensalmente comprar aqueles livros que as editoras não enviam aos professores, porque um professor não deveria e nem poderia ler apenas o que trabalha com seus alunos.
É claro que essa constante atualização por que deveria passar qualquer professor não significa obrigatoriamente melhoria da qualidade de ensino. Um professor que fez apenas sua graduação e recebe um salário baixo pode ser muito melhor do que um professor experiente, com vários títulos em seu currículo e uma renda gorda. Uma aula boa, um professor que prenda a atenção de seus alunos e que consiga ensinar corretamente depende muito mais de disposição e garra do que de experiência e grana.
A verdade é que a sociedade não prestigia o trabalho do professor. Nem o governo. O que acontece então?! Professores desestimulados, desatualizados e desinformados geram alunos desestimulados, desatualizados e desinformados… É claro que a coisa não é tão simples.
Um grave problema, perceptível em qualquer classe social, é o fato de que os pais dos alunos também não os estimulam, também não acreditam em seus filhos. Às vezes nem vêem seus filhos diariamente. Isso prejudica radicalmente o trabalho do professor. Para o aluno, ter reconhecido seu esforço por parte dos pais é fundamental. Se os pais não acreditarem em seus filhos, ninguém mais acreditará. É claro que existem pais dedicados, o que também não garante um bom desempenho escolar do filho, mas já é meio caminho. O que um pai não pode esperar da escola é que seu filho sairá formado com excelentes notas e um bom intelecto sem que ele apóie seu filho e a escola, o trabalho que ela desenvolve.
Percebo que são pouquíssimos os alunos interessados em aprender. O senso comum nos mostra professores de escolas públicas que dizem que seus alunos os respeitam e acreditam que é através da educação que podem vencer na vida. Vêem no professor uma ferramenta para ascender socialmente. Infelizmente não é a regra para boa parte dos estudantes brasileiros. A maioria dos jovens que estudam em colégios particulares, entretanto, vê no professor a figura que está lhe atrapalhando na conclusão de seus estudos básicos. O único professor adorado por todos os alunos é o dos cursinhos pré-vestibulares, porque é o cara que não faz chamada, não dá nota, estimula e garante que vai colocá-lo na universidade.
O Brasil sempre aparece nas últimas posições em pesquisas que analisam leitura, escrita e raciocínio lógico. Durante décadas o país privilegiou o ensino superior e acabou esquecendo a educação básica.
O estado se mostra preocupado em consertar a situação, mas resolveram fazer isso tarde demais. Não que não seja mais possível, mas nada será resolvido com medidas paliativas. Para mudarmos o quadro, precisamos de tintas completamente novas.
Um fato alarmante: a maioria dos professores brasileiros (mais de 60%, pra ser exato) atualiza-se apenas através da televisão. Muitos não lêem livros e nem têm acesso à internet. Isso sem falar nos ridículos salários que recebem… Para um professor viver bem numa cidade grande, sozinho, precisa receber pelo menos dois mil reais. Se tiver esposa e filhos, o salário precisaria passar fácil dos três mil reais. Porque um professor não deveria pagar apenas contas de luz, água, telefone e cesta básica. Todo professor deveria ser um assíduo freqüentador de cinema, teatro e shows, deveria constantemente acessar a internet, fazer cursos de atualização, especialização, mestrado, doutorado, deveria mensalmente comprar aqueles livros que as editoras não enviam aos professores, porque um professor não deveria e nem poderia ler apenas o que trabalha com seus alunos.
É claro que essa constante atualização por que deveria passar qualquer professor não significa obrigatoriamente melhoria da qualidade de ensino. Um professor que fez apenas sua graduação e recebe um salário baixo pode ser muito melhor do que um professor experiente, com vários títulos em seu currículo e uma renda gorda. Uma aula boa, um professor que prenda a atenção de seus alunos e que consiga ensinar corretamente depende muito mais de disposição e garra do que de experiência e grana.
A verdade é que a sociedade não prestigia o trabalho do professor. Nem o governo. O que acontece então?! Professores desestimulados, desatualizados e desinformados geram alunos desestimulados, desatualizados e desinformados… É claro que a coisa não é tão simples.
Um grave problema, perceptível em qualquer classe social, é o fato de que os pais dos alunos também não os estimulam, também não acreditam em seus filhos. Às vezes nem vêem seus filhos diariamente. Isso prejudica radicalmente o trabalho do professor. Para o aluno, ter reconhecido seu esforço por parte dos pais é fundamental. Se os pais não acreditarem em seus filhos, ninguém mais acreditará. É claro que existem pais dedicados, o que também não garante um bom desempenho escolar do filho, mas já é meio caminho. O que um pai não pode esperar da escola é que seu filho sairá formado com excelentes notas e um bom intelecto sem que ele apóie seu filho e a escola, o trabalho que ela desenvolve.
Percebo que são pouquíssimos os alunos interessados em aprender. O senso comum nos mostra professores de escolas públicas que dizem que seus alunos os respeitam e acreditam que é através da educação que podem vencer na vida. Vêem no professor uma ferramenta para ascender socialmente. Infelizmente não é a regra para boa parte dos estudantes brasileiros. A maioria dos jovens que estudam em colégios particulares, entretanto, vê no professor a figura que está lhe atrapalhando na conclusão de seus estudos básicos. O único professor adorado por todos os alunos é o dos cursinhos pré-vestibulares, porque é o cara que não faz chamada, não dá nota, estimula e garante que vai colocá-lo na universidade.
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