Genival Ferreira de Miranda
A linguagem se
transforma histórico socialmente, por isso não é estática, por isso os modelos
de ensino também devem mudar e acompanhar a essa transformação. A educação é
comum para todos, já não pode ficar circunscrita à alfabetização ou à
transformação, mecânica três técnicas da vida civilizada, ler escrever e contar.
Deve-se estabelecer um caráter democratizado e modernizador da sociedade,
abandonando seu caráter elitista excludente. Par tanto, é necessário que o professor
investigue quais conhecimentos o aluno já construiu sobre linguagem verbal para
poder organizar a sua intervenção de maneira adequada. Esse procedimento
precisa ser garantido não só nos ciclos iniciais, mas durante todo o processo
de ensino e aprendizagem, não é, portanto, esporádico. Após a realização das
atividades de leitura e escrita, é possível saber o que foi aprendido pelos
alunos para poder identificar o que é necessário ser trabalhado a seguir, tendo
em vista os objetivos propostos. No entanto, a analise daquilo que foi ou não
aprendido precisa ser realizado num contexto em que se considere também o que
foi de fato ensinado e a maneira pela qual isso foi feito. É a partir da relação
estabelecida entre ensino e aprendizagem que se torna possível ao professor compreender
melhor por que alguns aspectos dos conteúdos abordados foram mais bem aprendidos
que outros. Isso pode fornecer informações mais precisas para modificar a
intervenção, caso seja necessário, dotando sua pratica de maior qualidade.
Pode-se dizer,
assim, que a questão da transformação das praticas, métodos e conteúdos
escolares estão em pauta desde que a escola deixou de ser, no plano do embate
político, ainda que não de fato, um privilégio de um segmento social para se
tornar um direito de todos. O aprendizado da leitura e da escrita não pode ser
feito como algo paralelo ou quase à realidade concreta do alfabetizando, é na
medida em que o alfabetizando vai organizando uma forma cada vez mais justa de
pensar, através da problematização de seu mundo, da analise crítica de sua
pratica, irão podendo atuar cada vez mais seguramente no mundo.
Percebe-se que
a leitura crítica contribui para o ensino de língua materna uma vez que a
leitura constitui-se numa das atividades humanas essenciais, leio, penso, falo,
ouço e escrevo. Portanto, ler, significa colher conhecimentos e o conhecimento é
sempre um ato criador, pois obriga a redimensionar o que já está estabelecido,
introduzindo meu mundo em novas séries de relações e em um novo modo de
perceber o que me cerca, dominado assim a linguagem numa percepção própria, agregada
de valores e cultura.
Não basta
saber falar e escrever, é preciso dominar a linguagem para participar da vida
do bairro, da cidade e do país. Pelo uso da linguagem, escolhendo as palavras
certas para cada tipo de discurso, as pessoas se comunicam, trocam opiniões, têm
acesso às informações, protestam e fazem cultura. Em outras palavras tornam-se
cidadãs.
A Linguagem,
escrita ou falada, pode apresentar-se de várias formas, dependendo de seus
objetivos. Um bate-papo entre amigos, uma carta ou uma lista de compras são
manifestações da linguagem. Nós nos comunicamos também usando diferentes
registros. É fácil entender que se você tiver de falar com uma autoridade,
certamente não usará termos, expressões e gestos dos que emprega quando está com
os amigos num lugar informal. A comunicação, nesses casos, se dará em dois
registros diferentes. Dominar a linguagem é saber usa-la de maneira adequada a
seus destinatários, ou seja, adaptando-se a diferentes registros e de forma
coerente com seus objetivos e com o assunto tratado.
Para que seja possível
alguém ter o domínio de maneira eficaz da linguagem, deve ser capaz de produzir
e interpretar textos, tanto para as necessidades do dia-a-dia, escrever um recado,
ler as instruções de uso de um eletrodoméstico, como para ter acesso aos bens
culturais e à participação plena no mundo letrado, entender o que é dito num
telejornal e ler um livro de poesias.
Muitas pessoas
acreditam que o ato de ler se resume em saber identificar o código alfabético, porém
não entendem que o ato de ler é muito mais abrangente do que a leitura da
escrita, por isso é preciso ler, mesmo antes de dominar o alfabeto. A tradição
ensina que alfabetizar é tratar da linguagem escrita e lecionar Português é
trinar os alunos a representar graficamente a fala pela combinação das letras
do alfabeto. Na verdade muito mais do que isso. Falar e escutar, além de ler e escrever
são ações que permitem produzir e compreender textos.
A leitura é um
ato de compreensão do que se vê ou se sente por isso às crianças iniciam seu
aprendizado de leitura do mundo a partir de sentimentos anteriores aos da visão,
aprende a respirar e, aos poucos, troca um modo de viver por outro, percebendo
novas realidades, por meio do tato, olfato, paladar etc. Acrescenta, mais
tarde, a essa percepção quase apenas sensitiva da linguagem oral e depois o da
escrita que a primeira palavra lida inaugura. Sendo assim, ler significará para
sempre o ato de compreender, estabelecer relações inicialmente individuais com
cada objeto, ampliando-as mais tarde.
Cabe à escola
desenvolver também a linguagem oral de seus alunos. Aprende-se a fala fora dos
bancos da escola, mas na sala de aula é possível mostrar as falas mais
adequadas e eficientes nas diferentes situações cotidianas, como também
estabelecer a leitura como um processo de relação dinâmica que vincula a
linguagem à realidade.
Ler e escrever
são atividades que se complementam. Os bons leitores têm grandes chances de
escrever bem, já que a leitura fornece a matéria-prima para a escrita. Quem lê
mais dispões de um vocabulário mais rico e compreende melhor a estrutura
gramatical e as normas ortográficas da Língua Portuguesa. Quanto mais variados,
interessantes e divertidos forem os textos que se apresentam aos alunos, maior
será a chance deles se tornarem leitores hábeis. Se na sala de aula só entrarem
aqueles textos escritos explicitamente para ensinar a ler, que despertam pouca
atenção nos alunos, provavelmente eles se desinteressarão da leitura e terão
dificuldade em aprender.
Em muitas
escolas a Língua Portuguesa ainda é ensinada de maneira formal, chata, sem
entusiasmo. Esse tipo de ensinar não atende às necessidades da sociedade. Cada
vez mais o aluno terá de compreender a escrever textos diferenciados, claros e
criativos. Não é preciso quebrar a cabeça para conseguir textos diversificados
para utilizar em classe. Eles
estão por toda parte, são jornais, folhetos de propaganda, revistas. Até
algumas embalagens de produtos alimentícios trazem pequenos textos repletos de informação.
O importante é que o material escrito apresentado aos alunos seja interessante
e desperte a curiosidade das crianças. Lembrando que textos literários e
poesias também devem ser utilizados.
É necessário também incentivar a leitura diária, não se formam bons leitores se eles não tem um contato íntimo com os textos. Há inumeras maneiras de fazer isso, os alunos podem ler em silêncio, ou em voz alta, em grupo ou individualmente, ou o professor lê um texto para a turma. Tais possibilidades devem ser escolhodas de acordo com a atividade que está sendo desenvolvida em classe.
Para que os alunos tenham condições de gostar de ler, precisam ter contato com leituras de diferentes níveis e assuntos. Quando a criança já lê textos simples por conta própria, o professor deve ampliar seu reertório de conhcecimentos monstran-lhe outras leituras. Por exemplo, lendo para classe jornais, revistas e livirs infantis. Isso faz com que a criança compreenda que existem textos feitos para informar, para divertir e que podem ser fonte de prazer. Com eles, o leitor pode "viajar" para lugares diferentes. O alunos logo entenderá que vale a pena se esforçar, pois ele também podera usufruir tais prazeres.
É necessário também incentivar a leitura diária, não se formam bons leitores se eles não tem um contato íntimo com os textos. Há inumeras maneiras de fazer isso, os alunos podem ler em silêncio, ou em voz alta, em grupo ou individualmente, ou o professor lê um texto para a turma. Tais possibilidades devem ser escolhodas de acordo com a atividade que está sendo desenvolvida em classe.
Para que os alunos tenham condições de gostar de ler, precisam ter contato com leituras de diferentes níveis e assuntos. Quando a criança já lê textos simples por conta própria, o professor deve ampliar seu reertório de conhcecimentos monstran-lhe outras leituras. Por exemplo, lendo para classe jornais, revistas e livirs infantis. Isso faz com que a criança compreenda que existem textos feitos para informar, para divertir e que podem ser fonte de prazer. Com eles, o leitor pode "viajar" para lugares diferentes. O alunos logo entenderá que vale a pena se esforçar, pois ele também podera usufruir tais prazeres.
Referencia Bibliográficas:
Parâmetros Curriculares Nacionais
– Ministério as Educação – Secretaria da Educação Fundamental. 3ª ed – Brasília:
A secretaria, 2001.
PERROTTI, E. Confinamento
Cultural Infância e leitura, São Paulo, 112p. Ed. Summus
MACHADO, ANA M. Como e por que
ler os Clássicos Universais Desde Cedo, São Paulo, 146 p – Ed. Paz e Terra.
LEMER, D. Ler e Escrever na
Escola, S120p. Ed. Artmed