A pergunta pode parecer estranha, mas quem de nós
não já a fez pelo menos alguma vez na vida? Há quem procura a felicidade
acumulando bens materiais, buscando prazeres sem regra ou ambicionando o poder.
Quando esforço é dispendido, a cada dia, por milhões de pessoas no afã de se
enriquecer e saborear a vida, sem se preocupar nem um pouco com os outros. A
procura desse tipo de felicidade nasce do individualismo de quem pensa só em si
mesmo, tornando-se, aos poucos, egoísta. Esse caminho não faz ninguém feliz.
Cria apenas uma ânsia de bem estar e acaba por cair no descontentamento e no
enfado da vida.
Percebe-se que a felicidade não está em ter, o
acumulo de coisas ou até mesmo ter uma conta recheada de dinheiro não vai nos
trazer felicidade, já sei muitos vão dizer que sim, mas é uma ilusão, se fosse
assim não teríamos noticias de milionários em depressão ou alguns cometendo suicídio.
As bem-aventuranças que Jesus nos ensinou abrem
novas perspectivas. Apontam para valores maiores, convergindo para experiências
do amor gratuito. Feliz é quem faz o outro feliz. Deus nos ama antes que nós o
amemos. Jesus, revelando-nos o amor de Deus, convida-nos a amar gratuitamente e
dá-nos a formula da felicidade, exortando-nos a amar como ele ama.
O amor da mãe aos filhos mostra a beleza dessa
gratuidade. Antes de a criança ser capas de agradecer, já é amada pelos pais e
receber deles todo afeto e dedicação. A mãe é feliz quando vê os filhos
crescerem cumprindo seus deveres e desenvolvendo seus talentos.
Esse afeto imita o amor que Deus nos tem e nos
faz compreender o segredo da felicidade ao alcance de nossas mãos. Basta
experimentar para percebermos como é bom amar de verdade na doação de si mesmo
e na promoção do próximo, especialmente dos aflitos e necessitados. Nada
realiza mais uma pessoa do que a alegria de fazer alguém reencontrar a paz, a
confiança e o sentido da vida.
Jesus Cristo, a nos ensinar o amor do jeito de
Deus, transformou o relacionamento humano, vencendo as distâncias, as segregações,
a violência e o ódio.
O amor é
maior do que tudo isso. O bem vence o mal na medida em que vamos multiplicando
os gestos de gratuidade, perdoando a que nos ofende e acreditando na
fraternidade entre todos. No mundo em que sucedem dramas diários como pessoas
que torturam às outras com o desprezo e ódio, precisam de mais amor.
A solução é sempre a mesma, acreditar na força do
amor que Deus derrama em nossos corações. A violência terminará, quando formos
capazes de amar.
Este é o momento para um bom exame de consciência
que nos faça perceber quantas ocasiões temos, a cada dia, de ajudarmos alguém
ao nosso lado com pequenos gestos de compreensão, paciência e amor. Quem não
gosta de receber uma flor, uma palavra de encorajamento, um olhar de simpatia e
bondade?
Na casa do Pai, o amor será perfeito. Enquanto não
chegamos lá, podemos sempre praticar atos de gratuidade. São gestos de amor
verdadeiro. Quanto mais freqüentes e sinceros forem maior será a alegria dos
corações.
Sofrimentos e provações não diminuem nossa
alegria profunda, mas, pelo contrario, fazem crescer o amor. Quem tiver dúvidas
sobre esse caminho, peça a Deus que lhe dê coragem de fazer a experiência e
descobrirá, já nesta vida, o segredo da felicidade!
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