domingo, 26 de agosto de 2012

FUNÇÃO DA GRAMÁTICA NORMATIVA


A gramática normativa tem a função de estabelecer regras para o uso da língua, sendo, então, a mais usada em salas de aula como forma de padronizar a utilização da língua materna, embora alguns lingüistas destaquem certos problemas relativos à aplicação somente da norma padrão, já que muitas pessoas acham o português e sua totalidade de regras muito difíceis. Isso os tornam incapazes de produzir textos próprios e de compreender os mais variados textos de maneira eficaz. Por este motivo, alguns métodos de ensino vêm sendo modificados e, ao invés de textos literários e da gramática normativa, já é possível estudar textos retirados de fontes expressivas ligadas ao cotidiano (jornais, revistas e internet) e analisá-los da maneira como a língua nos é apresentada atualmente.
A importância do estudo da gramática normativa está, então, inserida em um conjunto de regras que vai nos fornecer o que é certo e errado na hora de elaborar textos e em toda a forma escrita. Além disso, é comum vermos que muitos gramáticos buscam embasar a língua falada de acordo com o estabelecido pela norma padrão. Mas é importante percebermos os outros tipos de gramática e o estudo da linguagem como um todo, para que possamos não só entender todos os tipos de texto existentes, bem como produzi-los, levando em consideração que uma mesma língua apresenta diversas formas e variedades regionais que devem respeitar as necessidades do falante e considerar que o indivíduo que não sabe a língua padrão, mas consegue se expressar, já é considerado falante da língua materna.
Ora, se a função da escola é o ensino da língua padrão, não é com teoria gramatical que ela concretizará seu objetivo. Esses contrastes levam o estudante ao desinteresse pelo estudo da língua, pois quando pensa haver entendido conteúdo trabalhado em sala de aula, amargura-se ao se deparar com determinadas construções, pois não consegue entender o enunciado, daí resultam as frustrações, reprovações, recriminações que começam pela própria escola e o preconceito lingüístico de que não sabe português.
A Norma é a língua do Estado, é a variedade que o Estado e as suas instituições consideram correta. A Escola e os Média (no Brasil mídia) são as principais instituições que impõem o correto linguístico. A gramática normativa propriamente dita, a meu ver, não tem interesse nenhum. Segundo Bechara, o entrave da vigência de duas ortografias oficiais, a do Brasil e de Portugal, será eliminado, facilitando assim a difusão internacional do idioma.

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