A gramática normativa tem a função de estabelecer regras para o uso da
língua, sendo, então, a mais usada em salas de aula como forma de
padronizar a utilização da língua materna, embora alguns lingüistas
destaquem certos problemas relativos à aplicação somente da norma
padrão, já que muitas pessoas acham o português e sua totalidade de
regras muito difíceis. Isso os tornam incapazes de produzir textos
próprios e de compreender os mais variados textos de maneira eficaz. Por
este motivo, alguns métodos de ensino vêm sendo modificados e, ao invés
de textos literários e da gramática normativa, já é possível estudar
textos retirados de fontes expressivas ligadas ao cotidiano (jornais,
revistas e internet) e analisá-los da maneira como a língua nos é
apresentada atualmente.
A importância do estudo da gramática normativa está, então, inserida em
um conjunto de regras que vai nos fornecer o que é certo e errado na
hora de elaborar textos e em toda a forma escrita. Além disso, é comum
vermos que muitos gramáticos buscam embasar a língua falada de acordo
com o estabelecido pela norma padrão. Mas é importante percebermos os
outros tipos de gramática e o estudo da linguagem como um todo, para que
possamos não só entender todos os tipos de texto existentes, bem como
produzi-los, levando em consideração que uma mesma língua apresenta
diversas formas e variedades regionais que devem respeitar as
necessidades do falante e considerar que o indivíduo que não sabe a
língua padrão, mas consegue se expressar, já é considerado falante da
língua materna.
Ora, se a função da escola é o ensino da língua padrão, não é com teoria
gramatical que ela concretizará seu objetivo. Esses contrastes levam o
estudante ao desinteresse pelo estudo da língua, pois quando pensa haver
entendido conteúdo trabalhado em sala de aula, amargura-se ao se
deparar com determinadas construções, pois não consegue entender o
enunciado, daí resultam as frustrações, reprovações, recriminações que
começam pela própria escola e o preconceito lingüístico de que não sabe
português.
A Norma é a língua do Estado, é a variedade que o Estado e as suas
instituições consideram correta. A Escola e os Média (no Brasil mídia)
são as principais instituições que impõem o correto linguístico. A
gramática normativa propriamente dita, a meu ver, não tem interesse
nenhum. Segundo Bechara, o entrave da vigência de duas ortografias
oficiais, a do Brasil e de Portugal, será eliminado, facilitando assim a
difusão internacional do idioma.
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