Os chamados erros lingüísticos não existem
nas línguas naturais, pelos ensinos da gramática normativa acaba
gerando o preconceito lingüístico. O sociólogo Nildo Viana,
nascido em Goiás, foi o primeiro que apresentou uma visão marxista,
para Viana esta ligada a um processo social. Segundo o autor a
língua escrita denomina nos colégios e a fonte de
preconceito linguístico, pois a língua escrita veiculada pelo colégio se torna
a língua padrão e todos devem seguir e assim ele conclui que as
escolas são as bases dos preconceitos linguísticos, e estas reproduzem o
preconceito linguístico.
Uma certa vez a autora inglesa
Deborah Cameron comenta uma situação na qual ela estava com um grupo dessas pessoas
(em um centro de estudos culturais) e, quando ela disse que era uma linguísta,
todos ficaram animados, e disseram: “Uau, como os linguístas combatem esses
abusos da linguagem? A autora, meio sem jeito, acabou evitando a
discussão. Ela acredita que eles não entenderiam que a linguística é uma
ciência descritiva, e não prescritiva
Da mesma forma que a humanidade evolui e se
modifica com o passar do tempo, a língua acompanha essa evolução.
Existem quatro modalidades que explicam as
variantes linguísticas:
1. Variação histórica (palavras
e expressões que caíram em desuso com o passar do tempo);
2. Variação geográfica
(diferenças de vocabulário, pronúncia de sons e construções sintáticas em
regiões falantes do mesmo idioma);
3. Variação social (a
capacidade linguística do falante provém do meio em que vive, sua classe
social, faixa etária, sexo e grau de escolaridade);
4. Variação estilística (cada
indivíduo possui uma forma e estilo de falar próprio, adequando-o de acordo com
a situação em que se encontra).
Existe uma regra de ouro da linguística que
diz só existe língua se houver seres humanos que a falam.
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